Foi alvo de várias tentativas de assassinato, esteve preso várias vezes, sofreu agressões das forças de segurança, mas nunca deixou de desafiar, o regime de Robert Mugabe.
Antigo líder sindical, fundador do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), Morgan Tsvangirai já conseguiu, um resultado histórico, roubar a maioria parlamentar a ZANU-PF.
Antigo líder sindical, fundador do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), Morgan Tsvangirai já conseguiu, um resultado histórico, roubar a maioria parlamentar a ZANU-PF.
Filho de um carpinteiro-pedreiro, Morgan Richard Tsvangirai nasceu há 56 anos em Gutu, na ex-Rodésia do Sul, é o mais velho de nove irmãos.
Abandonou o ensino secundário e foi trabalhar nos têxteis para ajudar economicamente a família. Conseguiu emprego nas minas de níquel, onde permanece dez anos.
Ascende a capataz e, nos anos 80, torna-se presidente da Confederação de Sindicatos do Zimbabwe, tentando reduzir ao máximo a dependência que esta tinha da ZANU-PF.
Entre 1997 e 1998 organiza uma série de greves contra o aumento de impostos anunciado por Robert Mugabe. O chefe do Estado, herói da luta pela independência, foi obrigado a recuar mesmo no imposto que iria ajudar a financiar um fundo de pensões para os veteranos da guerra. O momento fica marcado pelas campanhas de violência dos veteranos contra os apoiantes do MDC, havendo registo de pelo menos cem mortos.
Em 2000 , Tsvangirai é acusado de hipocrisia, quando fez campanha contra a expropriação dos fazendeiros brancos sem direito a indemnização.
É nessa altura que o líder da oposição consegue uma primeira derrota para Mugabe. No referendo à nova Constituição, 55% dos zimbabweanos votaram contra, mas isso não impediu que, anos mais tarde, a Associação de Veteranos de Guerra convidasse o povo a marchar pelas quintas e a desalojar os seus proprietários europeus.
Os números disponíveis indicam que foram expulsos do Zimbabwe entre quatro mil e cinco mil fazendeiros.
Mas a situação não melhorou, e Mugabe é acusado de redistribuir as terras aos amigos, deixando à beira da ruína a economia do país que já foi considerado o celeiro da África Austral.
Abandonou o ensino secundário e foi trabalhar nos têxteis para ajudar economicamente a família. Conseguiu emprego nas minas de níquel, onde permanece dez anos.
Ascende a capataz e, nos anos 80, torna-se presidente da Confederação de Sindicatos do Zimbabwe, tentando reduzir ao máximo a dependência que esta tinha da ZANU-PF.
Entre 1997 e 1998 organiza uma série de greves contra o aumento de impostos anunciado por Robert Mugabe. O chefe do Estado, herói da luta pela independência, foi obrigado a recuar mesmo no imposto que iria ajudar a financiar um fundo de pensões para os veteranos da guerra. O momento fica marcado pelas campanhas de violência dos veteranos contra os apoiantes do MDC, havendo registo de pelo menos cem mortos.
Em 2000 , Tsvangirai é acusado de hipocrisia, quando fez campanha contra a expropriação dos fazendeiros brancos sem direito a indemnização.
É nessa altura que o líder da oposição consegue uma primeira derrota para Mugabe. No referendo à nova Constituição, 55% dos zimbabweanos votaram contra, mas isso não impediu que, anos mais tarde, a Associação de Veteranos de Guerra convidasse o povo a marchar pelas quintas e a desalojar os seus proprietários europeus.
Os números disponíveis indicam que foram expulsos do Zimbabwe entre quatro mil e cinco mil fazendeiros.
Mas a situação não melhorou, e Mugabe é acusado de redistribuir as terras aos amigos, deixando à beira da ruína a economia do país que já foi considerado o celeiro da África Austral.
Morgan Tsvangirai assume, entretanto a liderança do MDC e vai parar à prisão sob alegações de traição.
Na campanha para as presidenciais de 2002, que Mugabe é acusado de ter ganho com a ajuda da fraude, o ex-sindicalista é acusado de preparar um conspiração para assassinar o chefe do Estado.
A absolvição chega mais tarde, com a ajuda da equipa de George Bizos, um advogado de direitos humanos sul-africano que no passado defendeu Nelson Mandela.
A absolvição chega mais tarde, com a ajuda da equipa de George Bizos, um advogado de direitos humanos sul-africano que no passado defendeu Nelson Mandela.
As divisões abalam o MDC, em 2005, quando uma facção desrespeitou a ordem de boicote e apresentou os seus próprios candidatos às eleições. Alguns activistas do partido acusam Tsvangirai de não ter uma estratégia e de ser manipulado pelo Governo.
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