Barco NegroDe manhã, que medo, que me achasses feia!
Acordei, tremendo, deitada n'areia
Mas logo os teus olhos disseram que não,
E o sol penetrou no meu coração.
Vi depois, numa rocha, uma cruz,
E o teu barco negro dançava na luz
Vi teu braço acenando, entre as velas já soltas
Dizem as velhas da praia, que não voltas:
São loucas! São loucas!
Eu sei, meu amor,
Que nem chegaste a partir,
Pois tudo, em meu redor,
Me diz qu'estás sempre comigo.
No vento que lança areia nos vidros;
Na água que canta, no fogo mortiço;
No calor do leito, nos bancos vazios;
Dentro do meu peito, estás sempre comigo.
2 comentários:
olá! Já se passaram nove anos, desde que a Amália faleceu? Ena, o tempo passa mesmo rápido. Adorei o espectáculo do Filipe La Féria sobre a AmáliA. Era uma grande senhora do fado. beijos e boa terça feira.
Ah pois é. Já lá vão 9 anos. O tempo voa.
beijinhos, fica bem.
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